Youtuber Thiago Reis pode ser preso após expor elo de Flávio Bolsonaro com golpistas


O youtuber Thiago Reis pode ser preso devido a um vídeo em que revela o envolvimento do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) com os golpistas do 8 de janeiro. As informações são do DCM.

De acordo com o DCM, o promotor Alexandre Murilo Graça, do Ministério Público do Rio de Janeiro, da 3ª Promotoria de Investigação Penal Especializada, denunciou Thiago Reis à Justiça no último dia 26 por supostamente cometer três crimes, todos contra a honra de Flávio Bolsonaro.

O promotor Alexandre Murilo pede que Thiago Reis seja condenado a uma pena total de quatro anos e dois meses de prisão.

A motivação do pedido de prisão de Thiago Reis é um vídeo publicado em 15 de maio deste ano, intitulado: “Amigo expõe Flávio Bolsonaro e elo com terroristas de 8/1! A casa caiu!”.

O que chama a atenção é o fato de que o vídeo de Thiago Reis se limita a narrar notícias veiculadas na imprensa sobre a relação de Flávio Bolsonaro com golpistas do 8 de janeiro.

Um dia após Thiago Reis publicar o vídeo, dois advogados de Flávio Bolsonaro – Luciana B. Pires e Alan Deodoro – foram à polícia e apresentaram uma extensa notícia crime, alegando que a honra de Flávio Bolsonaro havia sido “irremediavelmente ferida pelo vídeo de Reis”.

Dessa maneira, os advogados de Flávio Bolsonaro solicitaram investigação policial e que Thiago Reis fosse condenado por calúnia, injúria e difamação contra um servidor público, crimes que, juntos, geraram uma pena de quatro anos e dois meses contra o youtuber.

No entanto, uma informação revelada pelo DCM chama atenção: a defesa de Flávio Bolsonaro escolheu o delegado Paulo Dacosta Sartori, o mesmo que, em 2020, abriu na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) inquérito contra o influenciador Felipe Neto por “corrupção de menores”.

Esse mesmo delegado, em março de 2021, recebeu denúncia do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e instaurou inquérito contra Felipe Neto, por ter chamado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “genocida” em suas redes sociais.

No inquérito que envolve Thiago Reis, o youtuber sequer foi ouvido. Foram enviadas duas cartas precatórias à polícia de São Paulo, pedindo para que Reis fosse ouvido, mas não foi contatado pelas autoridades policiais paulistas, conforme consta nos autos do processo.

Mesmo assim, o delegado Sartori concluiu suas investigações e, em 10 de outubro, apresentou seu relatório final ao Ministério Público do Rio de Janeiro, recomendando a denúncia de Thiago Reis por três crimes supostamente cometidos contra a honra de Flávio Bolsonaro.

O promotor que recebeu a denúncia, em 11 de outubro, foi Alexandre Murilo Graça, da 3ª Promotoria de Investigação Penal Especializada. Ele é o mesmo que, em janeiro de 2022, enquanto era responsável pelas investigações do suposto crime de rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro, foi a uma festa na casa da advogada de Flávio Bolsonaro, Luciana B. Pires, responsável pela denúncia contra Thiago Reis.
 





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