A nutricionista e influencer fitness Tatiane Martines Cariani, 35 anos, postou uma série de vídeos no Instagram em que desabafa sobre as dificuldades que enfrenta por ser influenciadora digital.
Ela é esposa de Renato Cariani, dono de uma empresa que está no centro de uma investigação da Polícia Federal deflagrada na terça-feira (12) e que apura o desvio de insumos utilizados na produção de drogas,
Na manhã desta quarta-feira (13), Tatiane comentou durante uma série de vídeos que teve “uma noite terrível” e relatou que ontem estava no hospital com a filha quando “aconteceu tudo aquilo”, o que pode ser uma alusão à investigação contra o marido. Ela também menciona momentos de dificuldades na exposição da vida íntima.
A mulher continua falando que pensa em desistir de ser influenciadora e fala sobre as pessoas ruins e as mentiras ouvidas. “Poxa, eu vou desistir disso aqui, né? Não vou mais aparecer por aqui porque são tantas pessoas ruins e são tantas mentiras ouvidas.”
Momentos depois, a nutricionista reconsidera a opinião e fala que, em respeito aos seguidores, se mantém ativa como influencer, sem antes deixar de dizer que sofre de ansiedade e que toma medicamentos.
“Então, por isso que a gente continua. Porque Deus não coloca gente num lugar onde a gente não tem aqui estar e provações acontecem, né?, finaliza.
Veja os vídeos:
O que diz o influencer sobre e operação da PF
Em um vídeo publicado no Instagram no início da tarde desta terça-feira (12), após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) contra o tráfico de drogas, o influenciador fitness Renato Cariani afirmou que foi “surpreendido” pela ação dos investigadores na manhã de hoje.
Cariani disse que foi alvo da operação por ser um dos sócios da empresa Anidrol, que tem sede em Diadema (Grande São Paulo) e que, segundo a PF, estaria envolvida em um suposto esquema de desvio de produtos químicos para a fabricação de drogas. “Todos os sócios sofreram busca e apreensão”, disse o influenciador.
O que a PF diz sobre a empresa de Cariani
Segundo a PF, aproximadamente 19 toneladas de crack e cocaína podem ter sido fabricados a partir dos produtos que teriam sido desviados pelo grupo. A Polícia Federal chegou a solicitar a prisão de Cariani, mas o pedido foi negado pela Justiça.
“Foram identificadas 60 transações dissimuladas vinculadas à atuação desta organização criminosa, totalizando, aproximadamente, 12 toneladas de produtos químicos (fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila), o que corresponde à mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo”, diz a PF.
De acordo com as investigações, a quadrilha emitia notas fiscais fraudulentas de empresas devidamente licenciadas para vender produtos químicos em São Paulo. O pagamento era feito em espécie por meio de “laranjas”. Os criminosos se passavam por funcionários de multinacionais.
A PF diz que “as pessoas relacionadas aos fatos investigados responderão, cada qual dentro da sua esfera de responsabilidade, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro”. As penas combinadas podem ultrapassar 35 anos de prisão.
(Publicado por Marcos Guedes)
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