O torcedor do Fluminense tem compromisso para esta terça-feira (19). A partir das 15h (de Brasília), a bola rola para Urawa Reds x Manchester City, a outra semifinal do Mundial de Clubes e que define quem enfrentará o Tricolor na final marcada para sexta (22), no mesmo horário.
Os japoneses vão empolgados para a semifinal após a vitória sobre o León, do México, mas é inegável que o favoritismo está todo do lado inglês. Campeão da Tríplice Coroa, embora a fase atual não seja das melhores, o City estreia como principal candidato ao título que jamais conquistou em sua história.
Muita gente conhece bem o estrelado elenco de Pep Guardiola, principal técnico do mundo e que está há sete anos e meio no Etihad Stadium, mas para outros que ainda não sabem direito como funciona a “máquina”, o ESPN.com.br resume o Manchester City abaixo em cinco pontos.
Elenco e principais jogadores
Guardiola relacionou 23 jogadores para a disputa do Mundial. O elenco que buscará o primeiro título do torneio para os Citizens é formado por:
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GOLEIROS: Ederson, Stefan Ortega e Scott Carson
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DEFENSORES: Kyle Walker, Rico Lewis, John Stones, Rúben Dias, Manuel Akanji, Josko Gvardiol, Nathan Aké e Sergio Gómez
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MEIO-CAMPISTAS: Rodri, Kalvin Phillips, Mateo Kovacic, Matheus Nunes, Bernardo Silva e Kevin de Bruyne
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ATACANTES: Phil Foden, Oscar Bobb, Erling Haaland, Julián Álvarez, Jack Grealish e Jérémy Doku
De todos, é inegável que as grandes estrelas são Kevin De Bruyne e Erling Haaland. O primeiro, porém, não atua desde 11 de agosto e só voltou a treinar na segunda (18), na primeira atividade do City na Arábia Saudita. É grande a expectativa pela participação do belga, mas a tendência é que ele ainda não fique à disposição de Guardiola.
Haaland tem mais chance de jogar. Autor de 52 gols em 53 jogos na temporada passada, além de 19 tentos em 22 partidas na atual, o norueguês se recupera de uma lesão por estresse em um dos pés. A tendência é que o camisa 9 não atue contra o Urawa Reds, mas esteja à disposição se a vaga na final for garantida.
Há outras estrelas além dos dois, claro. Rodri, autor do gol do título da Champions League contra a Inter de Milão, é o grande termômetro da equipe de Guardiola e visto como o melhor volante do mundo na atualidade. Os zagueiros John Stones e Rúben Dias, o meia Bernardo Silva e o atacante Phil Foden também são peças fundamentais no atual campeão europeu.
Time-base
Guardiola adora mudar a formação da equipe e normalmente escala seu time de acordo com as características da equipe adversária. Isso acontece em jogos da Premier League, da Champions League e também das copas locais, onde o City costuma usar uma equipe alternativa nas fases iniciais para dar descanso aos principais atletas do elenco.
Se tivesse todos os jogadores à disposição, o técnico possivelmente escalaria um City com: Ederson; Walker (Akanji), Rúben Dias e Aké; Stones e Rodri; Bernardo Silva, Foden (Álvarez), De Bruyne e Grealish; Haaland.
Como De Bruyne está longe das condições ideais, Guardiola pode apostar em Mateo Kovacic, caso queira um jogo mais pausado, ou Julián Álvarez, atacante adaptado à função de armador e que oferece uma dinâmica diferente ao time, sem tanto controle, mas com variações ofensivas.
Mas, diante do calendário e da viagem desgastante, é provável que a formação da semifinal sofra mudanças. Nomes como Josko Gvardiol, Rico Lewis e Matheus Nunes são possibilidades interessantes para atuar desde o começo contra o Urawa Reds. O garoto Oscar Bobb, novidade da base e integrado ao time desde agosto, também briga por espaço, ainda mais pelos elogios da comissão técnica.
Parte tática
Em um resumo simplista, o City tem dois sistemas principais: o 4-4-2 quando se defende e o 3-2-4-1 na hora de atacar os adversários.
Essa variação, aliás, permitiu ao time de Manchester a arrancada que acabou na Tríplice Coroa da temporada passada. A grande sacada de Guardiola foi adiantar Stones, zagueiro de origem e que atuou até como lateral direito no passado, para formar uma espécie de dupla de volantes com Rodri.
Assim, o time ganha um jogador extra no meio-campo, o que ajuda a controlar a posse de bola e permite liberar Haaland de uma participação maior na construção do jogo.
A lesão de De Bruyne, somada aos problemas físicos de Stones, impediu que o plano de sucesso da outra temporada fosse mais usado nos últimos meses. Guardiola tentou adaptar Álvarez para ser um armador ao lado de Foden, mas o time perdeu um pouco do controle, uma marca inegociável nos times do técnico desde que chegou à Inglaterra.
Problemas
O City chega ao Mundial com dificuldades físicas. De Bruyne voltou a treinar somente na segunda, Haaland ficou fora dos últimos três jogos, enquanto Jérémy Doku não vai a campo há duas semanas, desde o empate por 3 a 3 com o Tottenham, pela Premier League.
Mas não é somente isso. A equipe de Guardiola enfrenta um dilema de resultados: embora tenha perdido apenas um dos 13 jogos recentes, a equipe empatou quatro dos últimos cinco compromissos pelo Campeonato Inglês, com tropeços contra Chelsea, Liverpool, Tottenham e Crystal Palace em que estava em vantagem no placar.
São também oito jogos seguidos sofrendo gols, algo raro em times dirigidos por Guardiola e que demonstram certa instabilidade defensiva.
Últimos resultados
São 26 jogos na temporada, com 16 vitórias, seis empates e quatro derrotas. O City soma 60 gols a favor e 30 contra. Abaixo, os resultados das dez partidas mais recentes do clube, do mais recente para o mais antigo.
Manchester City 2 x 2 Crystal Palace
Estrela Vermelha 2 x 3 Manchester City
Luton Town 1 x 2 Manchester City
Aston Villa 1 x 0 Manchester City
Manchester City 3 x 3 Tottenham
Manchester City 3 x 2 RB Leipzig
Manchester City 1 x 1 Liverpool
Chelsea 4 x 4 Manchester City
Manchester City 3 x 0 Young Boys
Manchester City 6 x 1 Bournemouth