Guardiola exalta ‘jeito muito brasileiro’ de Diniz em final contra o Fluminense


Na véspera da grande final do Mundial de Clubes entre Fluminense e Manchester City, Pep Guardiola ignorou as declarações polêmicas do jornal Telegraph, da Inglaterra, que chamou o Tricolor de “time de aposentados”.

Na última quarta-feira (20), o diário inglês citou as idades do goleiro Fabio (43), do lateral-esquerdo Marcelo (35) e do zagueiro Felipe Melo (40), afirmando que os jogadores ”deveriam estar no Soccer Aid”, torneio beneficente jogado por atletas que já encerraram suas carreiras.

”Não vou falar nem um segundo e nem me preocupar com o que a mídia disse sobre o jogo de amanhã. Sei exatamente o talento e a qualidade do Fluminense e o que eles podem fazer com isso”, disse o treinador.

”É a Copa do Mundo para os times sul-americanos, como para argentinos e brasileiros, colombianos, uruguaios. Sei que seria uma verdadeira final dupla como sempre foi desde todas as vezes que joguei esse tipo de competição e estamos indo em frente. Então, eu conheço meus jogadores, eles são respeitados porque tudo o que eles fazem é muito, muito, muito bom”, completou.

Guardiola ainda fez questão de exaltar as qualidades do Fluminense e, principalmente, o estilo de jogo peculiar de Fernando Diniz, algo que o City nunca enfrentou até então.

”Eles jogam o estilo típico do Brasil da década de 70, 80, início de 1990, 94, quando venceram a Copa do Mundo nos Estados Unidos. Agora, novamente, eles jogam “cadê a bola?”, os passes curtos, a combinação é muito boa, o um contra um, o físico. Temos que estar atentos ao quanto correr atrás da bola. Pela forma como jogam, exigem muito esforço”, afirmou.

”Precisamos aceitar que vamos jogar contra um time atípico. Do jeito que jogam, nunca enfrentamos, nunca enfrentamos antes. Não é posicional, eles se movem muito, a bola está sempre ali, com jogadores por perto, a bola se movimenta, e os jogadores vão junto”, analisou.

”Temos que impor nosso ritmo e nosso jogo posicional da melhor maneira possível. E fazer uma boa atuação. Ser resiliente no momento ruim será difícil vencer a final”, pontuou.

O treinador do City comentou também sobre a experiência de alguns jogadores do elenco tricolor. E, na visão dele, a idade avançada de alguns veteranos pode ser um trunfo poderoso para o Fluminense.

”A gente tenta nessas horas depois do jogo assistir ao máximo o Fluminense para entender o que eles querem fazer com a qualidade que eles têm, com o Martinelli, com o André, com a experiência do Felipe Melo, com as experiências do Marcelo, com o goleiro (Fábio). Então são cinco ou seis, sete jogadores com experiência, isso significa que eles conseguem controlar perfeitamente as emoções”, afirmou.

Por fim, Guardiola destacou a importância do título inédito do Mundial de Clubes para o City. A bola rola nesta sexta-feira (22), às 15h (de Brasília), no King Abdullah, em Jedá, na Arábia Saudita.

”Chegar aqui é tão difícil. Tem que ganhar a Libertadores e a Champions League. As duas competições são muito, muito, muito difíceis. E é por isso que temos que nos preparar. É único estar aqui. Quando você ganha, fica para sempre”, disse.

”Premier League tem todo ano. Mas aqui… não sei quando voltaremos ao Mundial de Clubes para jogar a final. Vamos nos preparar. Vamos tentar nos impor. Eles têm pontos fortes, mas temos também. Assim como eles têm pontos fracos e nós também. Vamos tentar ser nós mesmos até o final”, finalizou.



Source link