Nenhuma equipe deseja passar pelo risco do play-in para chegar à pós-temporada. Mas o Los Angeles Lakers já provou que esse não é um impeditivo para chegar às etapas decisivas da competição. Na última temporada, os californianos foram o primeiro time classificado para as finais do Oeste após sair da repescagem. Anthony Davis, por isso, garante que o Lakers não se importa em passar pela experiência novamente para entrar nos playoffs.

“Nós estamos correndo atrás do prejuízo, mas estamos no páreo. E, se não alcançarmos a sexta posição, vamos para o play-in mais uma vez para construirmos a nossa história. Não nos importamos, afinal, em qual colocação vamos chegar ao mata-mata. Provamos que isso realmente não interessa no ano passado”, afirmou o astro, depois da vitória sobre o Oklahoma City Thunder.

Hoje, o Lakers ocupa a nona posição da conferência Oeste. Ou seja, teria um caminho ainda mais difícil do que na temporada passada para alcançar no TOP 8. Os angelinos teriam que vencer dois jogos consecutivos de mata-mata. E, por sinal, o segundo seria como visitante. Davis, no entanto, não se preocupa com esse caminho tão complicado. Afinal, o maior oponente dos californianos aparece quando olham no espelho.

“Não avaliamos o mata-mata ‘escolhendo’ adversários, pois não preferimos encarar esse time e não aquele outro. Digo isso porque tudo gira em torno de nós mesmos, não dos outros. A questão é simplesmente chegarmos entre os oito melhores do Oeste e, então, derrotar quem aparecer em nossa frente”, resumiu o veterano ala-pivô. Ele terminou a partida contra o Thunder com 24 pontos, 12 rebotes e três tocos.

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Defensor implacável

A vitória do Lakers passou pela ótima defesa, em particular, de Austin Reaves em Shai Gilgeous-Alexander. O ala-armador, que acumula média de mais de 31 pontos nessa temporada, só marcou 20 contra os californianos. Suas cinco cestas e 13 arremessos de quadra, aliás, foram as menores marcas pessoais em 2024. Para Davis, foi um trabalho brilhante do jovem talento angelino.

“Austin fez um ótimo trabalho, antes de tudo. Marcou-o movendo os pés reconhecendo as suas tendências e preferências. Ele entendeu quando Shai queria chegar ao meio do garrafão, atacar a cesta e usar fintas para cavar faltas. Foi um ótimo trabalho negando essas práticas e, além disso, direcionando-o para o centro de nossa defesa. Foi um grande trabalho”, elogiou o craque.

Um jogador como Gilgeous-Alexander, a princípio, nunca vai ser totalmente “parado”. Mas, dentro do possível, foi o que Reaves fez. “Esse é um time que acerta arremessos difíceis e sabe ‘forçar’ o caminho à linha dos lances livres. Austin, no entanto, fez com que Shai se esforçasse e contestou cada um dos seus arremessos”, completou Davis.

Prova de força

O triunfo sobre o então líder do Oeste foi uma prova de força do Lakers e Anthony Davis contra um possível adversário nos playoffs. E, aliás, foi uma vitória categórica. Os locais chegaram ao último período vencendo por 17 pontos de diferença. Em seguida, abriram 25 pontos já com os reservas em quadras. Reaves acredita que foi o tipo de atuação que realmente define os atuais vice-campeões da conferência.

“Oklahoma vinha de um jogo duro 24 horas antes. Mas sempre que você entra no último quarto vencendo um time desse nível com autoridade é um sinal de sucesso defensivo e ofensivo. Sempre que derrotamos um oponente assim jogando um basquete muito bom é animador. É algo que nos empolga, acima de tudo, para seguirmos em frente”, finalizou um animado Reaves.

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