Lesão causada por Marcelo será exemplo para recuperação de Diakhaby


Mouctar Diakhaby está vivendo o momento mais difícil de sua carreira, e ainda não tem data para deixá-lo. No empate por 2 a 2 entre Valencia e Real Madrid, o defensor do time anfitrião sofreu um deslocamento em seu joelho direito após o volante Aurelien Tchouameni cair de costas em cima de sua perna, em um lance totalmente involuntário, pela La Liga.

Ainda é difícil de se saber o tempo de recuperação do defensor de 27 anos do Valencia, mas certamente será longo. E durante esse tempo, o tratamento do jogador poderá ‘ser inspirado’ em um lance que aconteceu na Copa Libertadores do ano passado.

Lesão semelhante na Libertadores de 2023

Durante o jogo de ida das oitavas de final, Marcelo tomou cartão vermelho direto por ter dado um pisão, também em um acidente de trabalho, no lateral Luciano Sánchez, do Argentinos Juniors. Assim como com Diakhaby, o jogador argentino também teve o seu joelho deslocado, em agosto de 2023, na partida ida contra o Fluminense.

Sete meses já se passaram, e Sánchez segue em processo de recuperação, mas ainda esperançoso. Ao todo, ele precisou esperar cerca de quatro meses para fazer duas operações. Na primeira, dias após a partida, foi necessário reconstruir o ligamento e reparar o nervo do perônio. A segunda foi realizada em 30 de novembro, na ligamento do cruzado anterior e posterior da perna de Sánchez, que atualmente segue em recuperação.

– Estou bem. Faz alguns meses desde a minha última operação que foi dos ligamentos cruzados. Como não se podia fazer tudo em uma mesma cirurgia, eu sabia que seriam duas. Se especula que entre 6 e 8 meses é o tempo necessário para se recuperar dessa operação. Eu tenho fé que depois do segundo semestre, estarei de volta – disse a veículos de comunicação locais.

O jogador, que foi visto recentemente em um jogo do Argentinos Juniors, possui agora uma enorme cicatriz da lateral de seu joelho. Ele disse que apesar dos lentos passos, segue esperançoco de que poderá voltar a jogar futebol.

– Estamos voltando ao normal. Já estou dirigindo e começando a caminhar. Quero voltar a fazer muitas outras coisas e estou feliz por isso. Pouco a pouco vamos encontrando alegria com cada pequeno passo diário sem pensar tanto no futuro, e sim no dia a dia.

Médico alerta para possível aposentadoria forçada

E apesar da esperança diária de Sánchez, essa é uma grande amostra da gravidade da lesão sofrida tanto por ele como por Diakhaby. E na Espanha, se fala sobre a possibilidade do zagueiro ter que abandonar os gramados.

– Primeiro, é preciso fazer com que o paciente consiga voltar a andar. Trata-se de uma lesão gravíssima e, por isso, corre sério risco de não poder voltar a jogar o futebol. Esta lesão danifica a cartilagem, que é uma estrutura que não se regenera – disse o médico Juan José López Martínez, em entrevista ao jornal Estadio Deportivo, de Valência. Ele trabalha com o tenista Carlos Alcaraz, número 2 do ranking da ATP no momento.

Sánchez está há meses sem jogar futebol, e ainda não se sabe como será a sua volta, mas é muito bom saber que aos poucos o argentino vai se recuperando. Assim como o dele, o caminho de Diakhaby nos próximos meses não será nada fácil, e ainda não há um diagnóstico perfeito do tempo de recuperação para o defensor de Guiné. Mas não perder as esperanças é o primeiro passo para enfrentar não só a cirurgia, como também as longas sessões de fisioterapias para quem sabe, voltar ao campo do Mestalla como jogador.



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